“Vai ser lá na casa do Zé Baio”

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Por José Celestino de Jesus (Zé Baio), Margareth Carneiro e Mirella Sant’anna

Com o apoio de Larissa Pinto, Letícia Oliveira (MAB) e Miriã Bonifácio

Alguns lugares têm se tornado importantes na luta dos(as) atingidos(as) pela reparação de suas vidas. Para as comunidades da zona rural de Mariana, “a casa do Zé Baio” se tornou o principal ponto de encontro para realizar assembleias e discutir direitos, desde o rompimento de Fundão. Assim, a história desse lugar vem se misturando com a história desses(as) atingidos(as). E essa casa, que significa tudo para esta família, agora também tem o sentido de resistência para cada um que passou, e precisa, frequentá-la.

A gente mora aqui há 38 anos, desde que casamos, né, Margareth? Eu mesmo que fiz a casa. O pessoal gosta de fazer reunião aqui por causa que não tem outro lugar perto com essa área toda, tem até dois banheiros públicos lá embaixo. Também porque estamos no meio, né, Zé, entre o pessoal de Ponte do Gama e de Campinas. Isso! Aí vem o povo de cá e de lá.

São quatro filhos, muita história. A gente continua aqui. Hoje, os netos vêm e ficam aí aproveitando o espaço. Eu ainda vendo de tudo, devagarzinho. Pode-se dizer, assim, que 95% a gente perdeu depois da barragem. E a esperança é que, com o reassentamento de Paracatu, as coisas melhorem.

Tem reunião aí que tem coisa boa, tem outras que não têm proveito não. Reunião resolve pouco, mas sem reunião não resolve nada. Na verdade, é assim, Zé, tem reunião que, no começo, você acha “que bom”, dessa vez vai. Mas aí termina e você sabe menos do que quando começou. Sai sem nenhuma esperança, nenhuma perspectiva de nada. Pois é, a situação é muito demorada e deve ficar um longo tempo do mesmo jeito.

Para a gente, é importante saber que, de um jeito, estamos podendo ajudar outros atingidos, com a nossa casa, que é algo da nossa família e que, hoje, é um espaço importante para muita gente.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1527258241475{margin-top: 24px !important;}”][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

(Foto: Miriã Bonifácio/Jornal A Sirene)

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Margareth Carneiro e Zé Baio. (Foto: Miriã Bonifácio/Jornal A Sirene)

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1527257846411{margin-top: 24px !important;}”][vc_column][thb_border][vc_column_text]“Casa é tudo. Sem casa é muito triste. Moradia faz parte da família, ou seja, faz parte de tudo.”

Margareth Carneiro, moradora de Paracatu de Cima

[/vc_column_text][/thb_border][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1527257859471{margin-top: 24px !important;}”][vc_column][thb_border][vc_column_text]“Casa é boa coisa. É morada. O lazer nosso é uma casa. Antes e depois da barragem, o significado disso para mim é o mesmo.”

Zé Baio, morador de Paracatu de Cima

[/vc_column_text][/thb_border][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1527257876867{margin-top: 24px !important;}”][vc_column][thb_border][vc_column_text]“Esse espaço é a única ferramenta que a gente tem pra conseguir alguma coisa. Nós precisamos construir uma proposta nossa para alcançar essa reparação justa que a Renova tanto fala que vai fazer.”

Mirella Sant’anna, moradora de Ponte do Gama

[/vc_column_text][/thb_border][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1527258700768{margin-top: 24px !important;}”][vc_column width=”1/4″][vc_raw_html]JTNDaWZyYW1lJTIwd2lkdGglM0QlMjIxMDAlMjUlMjIlMjBoZWlnaHQlM0QlMjIxNjYlMjIlMjBzY3JvbGxpbmclM0QlMjJubyUyMiUyMGZyYW1lYm9yZGVyJTNEJTIybm8lMjIlMjBhbGxvdyUzRCUyMmF1dG9wbGF5JTIyJTIwc3JjJTNEJTIyaHR0cHMlM0ElMkYlMkZ3LnNvdW5kY2xvdWQuY29tJTJGcGxheWVyJTJGJTNGdXJsJTNEaHR0cHMlMjUzQSUyRiUyRmFwaS5zb3VuZGNsb3VkLmNvbSUyRnRyYWNrcyUyRjQ0OTEyMDA0MyUyNmNvbG9yJTNEJTI1MjNjODE1MjQlMjZhdXRvX3BsYXklM0RmYWxzZSUyNmhpZGVfcmVsYXRlZCUzRGZhbHNlJTI2c2hvd19jb21tZW50cyUzRHRydWUlMjZzaG93X3VzZXIlM0R0cnVlJTI2c2hvd19yZXBvc3RzJTNEZmFsc2UlMjZzaG93X3RlYXNlciUzRHRydWUlMjIlM0UlM0MlMkZpZnJhbWUlM0U=[/vc_raw_html][/vc_column][vc_column width=”3/4″][thb_border][vc_column_text css=”.vc_custom_1527258570845{margin-top: 24px !important;}”]“O principal dessa decisão de fazer assembleias que reunissem todas as comunidades rurais e que não fossem na sede de Mariana foi fugir do controle da Renova/Samarco, levar informação mais próximo dos atingidos e ter um espaço em que eles se reconhecem, podem se colocar, que têm como seu. Um espaço de luta e não um local organizado pelas empresas.”

Letícia Oliveira, Coordenação MAB

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