Papo de cumadres: quatro anos em Fundão, um ano em Córrego do Feijão.

Consebida e Clemilda, estão entristecidas ao lembrar que já são quatro anos do rompimento da barragem da Samarco em Fundão e um ano do rompimento da barragem da Vale em Córrego do Feijão.

Por Sérgio Papagaio

– Cumadre clemilda eu tô muito aburicida com as coisas desta vida. 

– Desimbucha cumade, não me esconda nada e me conte toda veldade, o que ta te aperianu? vá logu me contanu.

– Eu tava aqui nu meu cantu pensanu já se passaru quatru anu que a barrage da Samarcu foi istoranu e nois até hoje tamu sofrenu u danu.

– Cumade quando eu pensu que as coisa tá mioranu eu veju us trem tudu pioranu, oia u que eu tô te falanu, ês num tá paguanu e acha ruim dus atingidu ficá cobranu. 

– Istu que eu tava pensanu disseram que não tão trabalhandu porque tem atingidu manifestanu, u que tem de erradu na manifestação se ela é prevista na constituição.

– Cumade ês num qué é paga e fica botanu a curpa nu pessoa que ta inu lá cobrá. 

– Cumadre este caminhu que nois tá passanu nestes quatru anu eu pessu a Deus que u povo de brumadinhu num  teja passanu.

– Cumade sê vai me discurpanu u crime de fundão é u mesmu crime du corregu feijão lá morreru muito mais ser humanu aqui u danu foi maior nu ambiente mas também morreu gente.

– Então cumadre u maior crime dus home é u dinheiru, por riqueza e poder aliadas da corrupção os home se apareia com u cão sem se percupá com a vida das população.   [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]