Cinco anos do Jornal A SIRENE

O Jornal A SIRENE e sua história de comunicação com os(as) atingidos(as) pela barragem de Fundão.

Por Sérgio Papagaio

Foto: Lucas de Godoy / Jornal A SIRENE

 Cinco aniversários fazem d’A SIRENE um jornal maduro pela sua convivência com um crime sem precedentes. Cinco de fevereiro de 2016 é a data de nascimento desse veículo de comunicação que se consolidaria como o principal meio de denúncia dos crimes decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco e de suas controladoras, Vale e BHP Billiton do Brasil. O jornal nasceu da iniciativa do Coletivo Um Minuto de Sirene, e contou com a colaboração de vários(as) integrantes da sociedade civil, da Arquidiocese de Mariana, do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e de atingidos(as) da cidades de Barra Longa e de Mariana, traçando, assim, uma trajetória de sucesso e de responsabilidade na condução da comunicação consciente e colaborativa sobre a reparação do maior crime ambiental do Brasil. Crime que submeteu alguns(mas) atingidos(as) à morte física e outros(as) à morte psicológica, tão presente entre os povos da bacia do rio Doce, desde o rompimento da barragem até os dias atuais e, sabe-se lá Deus, por quanto tempo mais. Toda essa tragédia é mantida viva pela Renova, fundação criada para reparar o crime de Fundão, mas que parece ter esquecido o propósito pelo qual foi criada e, fazendo jus ao seu nome, renova o crime todos os dias, porque, sempre que precisa e com a ajuda da justiça – que, hoje, no Brasil, assim como a Renova, parece ter esquecido seu papel -, passa a praticar crimes dentro da lei.     

  

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