Aconteceu na reunião (maio/2018)

GT de moradia (diretrizes)

09 de Maio, em Mariana

Os(as) atingidos(as) se reuniram com a Fundação Renova/Samarco, Assessoria Técnica da Cáritas e Ministério Público para discutirem sobre os itens ainda não-acordados das diretrizes de reassentamento das comunidades. No total, sete diretrizes pautadas na assembleia ainda tiveram que ser encaminhadas para que a fundação/empresa se posicione. Dentre elas, a que discute a reconstituição dos modos de vida, o acesso a água e saneamento básico nos territórios e a manutenção no pós reassentamento. No dia 22 de maio, um grupo de atingidos se reuniu com sua assessoria e algumas questões dessas diretrizes foram redefinidas e enviadas novamente para a Renova/Samarco. Até a data desta publicação nenhuma resposta havia sido enviada. Assim, a discussão deve ser retomada nos próximos GT’s de moradia.

Mirella Sant’anna (moradora de Ponte do Gama): É inevitável pensar que nossas vidas não estarão atreladas ao dia 5. Se não quisessem ter isso agora não matassem o rio que tínhamos antes. Estamos tratando de vidas, a empresa deve ter o mínimo de respeito com todos nós atingidos.

Luzia Queiroz (moradora de Paracatu de Baixo): Eu entendi que teríamos resposta hoje. Acreditávamos que era 22 nascentes, mas percebemos que não será isso mesmo. Agora, os poços artesianos, para quem ficará a conta da manutenção deles? É isso que queremos saber.

Reunião: Reassentamento familiar

17 de maio, na zona rural de Mariana

Atingidos(as), Assessoria técnica da Cáritas, representantes do Mab (Movimento dos atingidos por Barragens), Prefeitura Municipal de Mariana e da Fundação Renova/Samarco estiveram presentes na casa do Zé Baio, em Paracatu de Cima, onde os moradores teriam retorno da fundação/empresa sobre a proposta de reassentamento elaborada por eles. Também seria discutido o cronograma do reassentamento familiar e como estava caminhando o processo do reassentamento. A Renova/Samarco pediu um prazo de 60 dias para compra dos terrenos urbanos e 90 para os rurais, depois da escolha e do processo de vistoria de cada terreno/imóvel. Entendendo que isso atrasaria ainda mais o processo final de compra das casas, os moradores não concordaram com a proposta e pediram que esse prazo fosse cumprido em 45 dias.

Letícia Oliveira (Coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens): O terreno que o atingido indicar tem que ser o prioritário para a Renova comprar. A pessoa não tem que indicar um terreno igual ao que ela tinha antes, porque isso não vai nem existir. Então, ela tem direito de indicar um terreno com a casa diferente, com tamanho diferente, inclusive porque as condições vão ser diferentes.