Atingidos(as) acampam por direitos negados

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Parte dos(as) garimpeiros(as) e dos(as) pescadores(as) de Rio Doce, de Santa Cruz do Escalvado e de Chopotó ainda não receberam o cartão de auxílio emergencial, mesmo que suas atividades de sustento tenham sido interrompidas há quatro anos. Diante disso, os trabalhadores seguem na resistência pelos seus direitos. A reivindicação é o cumprimento da Deliberação nº. 300/2019, do Comitê Interfederativo (CIF), para que os(as) trabalhadores(as), deixados de fora do autorreconhecimento, realizado em dezembro de 2018, sejam incluídos(as) na lista de atingidos(as) e recebam o Auxílio Financeiro Emergencial (AFE). Atualmente, os(as) garimpeiros(as) e os(as) pescadores(as) estão acampados na antiga cooperativa, em Rio Doce, como forma de luta por seus direitos.[/vc_column_text][thb_gap height=”50″][vc_column_text]

Por Geraldo Assunção Vieira, Helcio Neves Martins e Marta Helena dos Santos Ferreira

Com o apoio de Juliana Carvalho e Wigde Arcangelo

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Marta Helena dos Santos Ferreira

 

Estivemos em Candonga e viemos para cá. Eles prometem e não fazem nada, só ficam empurrando com a barriga. O povo aqui já está cansado de ficar esperando a resposta deles. Enquanto não tivermos uma resposta, não vamos arredar o pé para nada. A gente não tem que olhar só pela gente, temos que olhar para os atingidos todos. A primeira turma recebeu e a segunda ficou para trás, sendo que ela também foi atingida.

Geraldo Assunção Vieira, morador de Rio Doce

 

Antigamente, o rio era um meio financeiro que a gente tinha. Hoje, infelizmente, os nossos meios de viver foram prejudicados. A reivindicação dos atingidos vem nesse ponto, porque a perda foi grande. Esse rio não vai voltar a ser mais como era antigamente, já houve tempo da gente até beber daquela água, fazer um café, um alimento com aquela água. Hoje, até para entrar nela, corre um risco, a gente não sabe o que está ali dentro. É cansativo. Parece que estamos correndo para alcançar a faixa, quando chegamos lá, eles mudam a faixa para frente.

Helcio Neves Martins, morador de Rio Doce

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