6 anos do crime. O povo clama por justiça.

Gesto de solidariedade no ato dos 6 anos do rompimento da barragem do Fundão. Foto: Joice Valverde

Por equipe Jornal A SIRENE

5 de novembro. Dia de dor e de luta. Dia de força e coragem. Na data que marca os seis anos do rompimento da Barragem de Fundão, crime que matou 19 pessoas, arrasou comunidades e contaminou a bacia do rio Doce, as pessoas atingidas realizaram uma série de atividades.

Pela manhã, ocorreu um ato na Praça Minas Gerais, no centro de Mariana, com a presença de pessoas atingidas, movimentos sociais e organizações populares. Atingidas e atingidos pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, também estavam no local. São 6 anos de impunidade pelo crime de Mariana e 3 anos de impunidade pelo crime de Brumadinho!

No início da tarde, aconteceu um encontro em Paracatu de Baixo. Em seguida, ocorreu uma missa em memória às vítimas do crime da Samarco/Vale/BHP em Bento Rodrigues, na Igreja de Nossa Senhora das Mercês, uma das poucas construções que não foi arrasada pela lama. Foi um momento de fé e emoção! As pessoas atingidas carregaram cruzes com os nomes das vítimas e falaram sobre as dificuldades que enfrentam todos os dias pela partida dos seus entes queridos e pelas dificuldades de seguirem juntos em comunidade após perderem suas casas.

Ações em Mariana e na comunidade de Bento Rodrigues. Fotos: Joice Valverde

A missa foi celebrada por Dom Airton José dos Santos, arcebispo da Arquidiocese de Mariana, e co-celebrada por Dom Lauro Versiani Barbosa, bispo da Diocese de Colatina (ES) e Dom Vicente Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, padre Marcelo e padre Luiz Roberto.

No dia seguinte, aconteceu uma entrega de mudas em frente à Escola Família Agrícola Paulo Freire, na cidade de Acaiaca. Pessoas atingidas e integrantes de movimentos populares entregaram mudas e jornais com informações para quem passava na MG 262.