Crucificação

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Por Sérgio Papagaio

 

Jesus é coroado de espinhos, no ventre da mãe terra, crucificada todos os dias nas periferia das cidades de homens e mulheres sem teto, nos quilombos onde até hoje se ouve o estalar da chibata da escravidão, nas aldeias indígenas violentadas pelas  religiões e desapropriadas pela ganância, nas ruas, único lar dos abandonados, nos governos ditatoriais que tratam seu povo com preconceito exclusão e ódio de classe, nas empresas que exploram seus funcionários e nos campos de homens e mulheres sem terra. Dentro das panelas vazias, onde a fome é a cruz, e estende sua crucificação, até as várzea cobertas de lama  das mineradoras, vale e BHP Billiton que no ritual da semeadura, plantaram desertificação e nas prateleiras vazias dos supermercados que fugindo do coronavírus acelerados pelo egoísmo levaram tudo sem deixar para o irmão, nos comércios que fazem do álcool de purificar as mãos também um ato de crucificação, nem o perigo eminente traz para os olhos desta gente, um olhar de salvação, pois nada do que está sendo feito terá valor, se não conhecermos a carta de Paulo e portanto o amor.

*A pedido do autor, este texto não passou por revisão ou edição.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]